Desenvolvimento Estruturado e Educação Financeira: A União Necessária
MsC. Cosimo R. Bertelli – Coordenador dos Cursos de Engenharias
Andressa L Tasso – Especialista em Comunicação: Educação Financeira
No artigo anterior, foi enfatizado a necessidade de planejar no tempo correto, desde as fases iniciais do projeto, focando em Design for Quality (projeto para qualidade).
No entanto, é fato que este desenvolvimento, agrega um custo maior durante a fase inicial do projeto. Também, é de reconhecimento, que nas fases posteriores, os custos são menores devido ao menor número de problemas a serem resolvidos, conforme ilustrado pelo gráfico abaixo.
Mas, de fato, o planejar e o ato de se obter a disponibilização da utilização da verba orçamentária em fases iniciais do projeto, é um dilema de grande complexidade que gera, muitas vezes, muitas discussões sobre a liberação da verba entre as áreas dentro de uma organização.
Para se minimizar esta discussão, é necessário o conhecimento de como a gestão financeira é gerenciada dentro da empresa. Neste quesito, a questão do entendimento, da alta direção da empresa, em antecipar a liberação do budget, que por sinal, de fato, já estaria aprovado pelo stakeholder responsável da empresa (CEO), é um grande problema para o departamento técnico que lidera a condução do projeto.
Este conflito de entender porque liberar uma grande quantia de dinheiro na fase inicial do projeto, ao invés de liberá-lo em tempo futuro focando em ganhos financeiros advindos de aplicações com dólar, bolsas, transações e aplicações bancárias entre outras, por exemplo, após 10, 12 ou 15 meses; é real nas grandes empresas e, por diversas vezes e, com muito alta probabilidade de acerto, esta atitude acaba resultando em desenvolvimento de projetos não robustos que, por final, resultam em problemas quando o produto já está em utilização pelo consumidor e, por fim, acarretarão em enormes gastos devido a retrabalhos de projeto, retrabalhos de desenho, pagamento pelos serviços de concessionárias parceiras de garantia, entre outros gastos que podem até gerar uma crise financeira interna na empresa. O erro de projeto, quando não evitado no tempo correto, pode ser crucial para a reconquista e reposicionamento da marca no mercado, gerando muito mais prejuízo se comparado com o investimento na fase inicial ou, até mesmo, de concepção do projeto. Exemplo real deste tipo de procedimento, pode ser evidenciado em casos recentes de problemas de ignição em veículos automotivos fabricados nos EUA onde, infelizmente, houveram acidentes fatais que geraram multas altíssimas para a empresa, a qual desembolsou milhões de dólares para indenizar as vítimas e/ou famílias das vítimas, além de multas processuais conforme regimento do país. Isto ainda, sem levar em consideração, a reputação da empresa que é muito afetada
Esta atitude, que é muito comum entre as empresas, poderia ser evitada? A resposta é sim, mas para isto é importante que a alta gestão da empresa, seja educada para agir de forma preventiva, proativa e colaborativa ao projeto, mesmo se para isto, deva liberar uma grande fração do budget, o qual já está aprovado para o desenvolvimento do produto, ao invés de focar apenas no ganhos atuais devido às aplicações financeiras. Há a necessidade da transformação do modelo mental, por parte dos gestores, de entenderem que de fato, a liberação antecipada de uma parte do budget, não são gastos iniciais e sim, investimentos para um futuro próximo. Importante ressaltar que este investimento de futuro próximo, se tornará investimento a longo prazo.
O ponto inicial para iniciar a mudança de comportamento da alta gestão financeira da empresa, é a empresa entender como deve ser direcionada e ministrada a utilização do budget, desde o início do projeto, e entender seus impactos positivos no projeto. Este conhecimento, só será possível, quando o alto gestor compreender como a Gestão Financeira e Desenvolvimento Estruturado devem caminhar juntos durante o desenvolvimento de produtos, focando para Design for Quality (projeto para qualidade).
Como pensar e agir focando em lucro no futuro, evitando gastos na solução de problemas, mesmo considerando as diferenças culturais entre a gestão financeira e a gestão de projetos?
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