Indústria 4.0
A 4ª Revolução Industrial ou Indústria 4.0 é um conceito que foi desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial.
De acordo com ele:
“A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital.” De modo geral, ela engloba inteligência artificial, automação industrial, impressão 3D, robótica, internet das coisas, entre outras tecnologias.
Também chamada de “fábrica inteligente”, a Indústria 4.0 tende a ser 100% automatizada, a partir do desenvolvimento sistemas que combinam máquinas com processos digitais. E claro, tendo como base as tecnologias da 3ª Revolução Industrial (informação, telecomunicação e eletrônicos).
A Flexciton, por exemplo, é uma startup de Londres, na Inglaterra, que utiliza inteligência artificial para otimizar a produção de fábricas. A partir da análise de dados obtidos na linha de montagem, a tecnologia de ponta desenvolvida pela empresa identifica falhas e reporta as alterações necessárias para diminuir custos, reduzir resíduos e aumentar a produtividade. Estes dados permitem que o algoritmo da startup crie uma cópia virtual da fábrica para realizar testes e assim, um plano otimizado é gerado para aplicação na linha de montagem. Mesmo com toda essa tecnologia, ainda sobram muitas tarefas manuais, diz um de seus fundadores, Jamie Potter.
Robôs x Seres Humanos: aliados ou inimigos?
O relatório The Future Jobs, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, aponta que em 2022 as máquinas assumirão 75 milhões dos cargos, mas que até lá também surgirão mais de 133 milhões vagas de trabalho.
A visão de Marcelo Miranda, CEO e fundador da Accede, sobre o futuro, desmistifica essa tal “hegemonia das máquinas”:
“ A 4ª Revolução Industrial não tem foco em criar ou acabar com postos de trabalhos. O que se pode esperar é uma mudança significativa no uso da informação aliada da produção. Não há o que detenha o pensamento humano, por isso o desenvolvimento é um caminho sem volta. A tecnologia é nossa aliada e nos trará incontáveis benefícios”
Mas para estar no mercado, é preciso estudar e se atualizar constantemente, pois as empresas estão em busca de profissionais cada vez mais qualificados. Inclusive, é provável que muitos empregos e funções sumam do mapa e deem lugar à novas demandas. Segundo o relatório, 38% das empresas pesquisadas esperam estender o espectro de atuação de seus colaboradores à otimização de produtividade e funções de forma inovadora e, mais de um quarto, espera que a automação estimule a criação de novos papéis corporativos.
“A Indústria 4.0 é muito mais que pura tecnologia, ela “transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”, diz Schwab.
Fontes: StartSe, EM